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Semanas 8, 9 e 10: Coca-Cola Christmas In The Park, Brazilian Party, Long Bay, Mission Bay e Natal

26/12/2013 19:53

As duas últimas semanas de aula eu estudei somente pelo período da manhã. Senti falta de ir pra aula à tarde. Aproveitei pra colocar em dia todos os vídeos do Porta dos Fundos, The Voice Brasil e Breaking Bad (que ainda não terminei). Dia 14 rolou o Coca-Cola Christmas in The Park. Esse evento acontece todo ano aqui, e esse ano foi a 20° edição. Foi no mesmo parque que rolou a corrida da Red Bull. Tinha muuuuuuuuita gente, muita família, todo mundo sentadinho na grama, com seu piquenique, curtindo os shows da coca-cola. Eu não conhecia nenhum cantor, na verdade nem fiquei prestando muita atenção. Fiquei andando com o pessoal, rodando pra ver se achava algum conhecido. No final que paramos e sentamos pra ver o show. O que valeu muito a pena. Rolou um medley de Beatles e fogos de artifício. Foi lindo!

 

 

No outro dia rolou uma festa brasileira. Foi bom pra matar a saudade de dançar um sambinha e poder cantar as músicas no rock.

 

 

Na última semana de aula rolou uma confraternização da escola na praia de Long Bay. Fomos de manhã cedo, a escola disponibilizou ônibus e ficamos lá até umas 3 da tarde. O lugar é muito lindo. É um parque com várias áreas pra fazer "churrasco". Estavam todas as turmas, inclusive as turmas dos cursos de Business. Chegando lá a galera se espalhou. Um tanto foi pra praia (água geladíssima, dessa vez não consegui entrar), outro tanto foi jogar vôlei ou qualquer outra coisa. Almoçamos uns sanduíches. No final os indianos dos cursos de Business colocaram música do país deles e fizeram uma roda enorme, todo mundo dançando super empolgado. E assim acabou a tarde em Long Bay.

 

 

 

 

 

 

No outro dia fui com os brazucas pra praia de Mission Bay. Fui tentar praticar stand up paddle, mas descobri que esse esporte não é pra mim. Não tenho equilíbrio nenhum, caí, bati minha mão em uma pedra, me machuquei. Enfim.. desastre total! Mas curti ir de caroninha =) Eu e Luiza fomos remando (no caso ela) de boa, conversando sobre a vida, e não percebemos que estávamos bem longe da areia. Só fomos nos tocar quando vimos Luciano vindo em nossa direção. A gente ganhou uma bronquinha e ele nos ajudou a voltar pra areia.

 

(Eu lutando pra ficar em pé = desastre total)

 

(Nosso resgate)

 

Chegando em casa super faminta da praia, me deparo com comida japonesa em casa. Era a última semana da japonesa que morava comigo, então ela ofereceu Okonomiyaki para os flatmates. Muito delícia! É uma massa tipo panqueca, recheada com cebola, queijo, carne de porco, milho, repolho.. 

 

 

 

Essa semana foi a primeira das duas semanas de férias da escola. Não fiz muita coisa de interessante até o Natal. Eu e Hans fomos convidados pelo nosso amigo venezuelano Vicente pra passar o natal com sua família. Ele mora com a irmã e o cunhado. Fomos então de tardezinha para a casa do Vicente, que fica em um bairro a uma meia hora de ônibus do centro. Foi uma noite muito agradável, deu pra treinar não só o inglês mas também o portunhol hehehe.. O jantar foi típico do natal venezuelano. Tinha um pernil, uma maionese de frango, uma coisa que parece polenta recheada e um pão recheado de presunto, bacon e azeitona. Tudo muito delicioso! Na hora da troca de presentes até eu recebi uma lembrança. Realmente não esperava. Ganhei um par de brincos e uma pulseirinha feita de macramê pela irmã do Vicente. Muito fofo!

 

 

Dancei um pouco de salsa e depois fui ensinar o cunhado do Vicente a dançar forró. Ele pegou o jeito muito fácil e até me rodava toda hora como se soubesse dançar forró há anos. Acho que eles, por dançarem salsa, têm facilidade de aprender forró. Depois de bons papos e muitas risadas, jogamos uno por um tempo. E quando quase todo mundo tinha ido embora ou dormir, surgem dois violões na sala. Falei pro pessoal que não sabia cantar nenhuma música em espanhol. E o repertório não poderia ter sido melhor. Fomos de beatles, pink floyd, metallica, oasis, red hot e por aí vai... Fiquei muito feliz, não tem coisa que eu mais goste que uma rodinha de violão com boas músicas. Foi pra fechar a noite com chave de ouro. Na verdade, já era dia. Cantamos até o sol nascer! A irmã do Vicente tinha preparado lugar pra gente dormir lá, mas como já tinha amanhecido decidimos pegar o busão de volta pro centro.

 

 

No dia 25 fomos almoçar com os amigos brasileiros. Preparamos um super strogonoff. E de sobremosa improvisamos um petit gateau de pobre! Compramos um bolinho simples de chocolate. Fizemos brigadeiro pra cobertura e recheio. E compramos sorvete de creme. Ficou muito bom! Depois de comer pra sempre ficamos a tarde toda morgando e ouvindo música. 

 

 

Hoje (dia 26) foi o Boxing Day. TODAS as lojas do centro estavam em promoção. Eu como estou quebrada só comprei as coisas úteis pra minha viagem: cartão de memória (pela metade do preço) e um saco de dormir (35% de desconto).

 

E amanhã começa a aventura!!!!!! 8 brasileiros, uma van, uma barraca gigante, 8 sacos de dormir, uma playlist enoooorme e MUITA empolgação. Vamos rodar 5 cidades em 6 dias. A ideia inicial era passar 15 dias na ilha sul, mas por conta do orçamento limitado de todo mundo tivemos que reduzir o número de dias e cidades. Vamos rodar somente aqui na ilha norte, num raio de mais ou menos 300 km. Não achamos vaga em nenhum albergue e em nenhum camping. Vamos tentar achar lugares pra acampar durante a viagem. Só Deus sabe onde a gente vai dormir, tomar banho e comer nos próximos 6 dias. Mas é isso aí, a ideia é curtir a aventura! 

 

Daqui a uma semana espero ter muita coisa pra contar dessa viagem! Feliz ano novo a todos =)

Semanas 6 e 7: algumas despedidas e Muriwai Beach

10/12/2013 19:03

As semanas 6 e 7 passaram sem muitas novidades. Teve a despedida da Marcela, querida aventureira da Colômbia. A Marcela ficou somente um mês na minha sala e agora vai viajar pela Austrália com o namorado por um tempo. Depois disso ela deve voltar pra Nova Zelândia pra rodar por aqui. Ou não! Ou vai escolher outro país e se jogar por aí com o namorado. Tenho conhecido muitas pessoas por aqui que largaram tudo nos seus países e tiraram um ano (ou alguns meses, ou mais que um ano) pra se aventurarem por esse mundo afora. Eu admiro (e me identifico muito com) esse espírito aventureiro. Pra despedir da Marcela nos reunimos para alguns bons papos e bons drinks no Outlaws de toda quarta. Uma colombiana, uma espanhola, uma russa, uma coreana e uma brasileira dividindo entre si suas impressões da Nova Zelândia e seus diferentes planos para o futuro. De lá fomos para o Provedor, onde rendeu muitas risadas e algumas dancinhas animadas.

 

 

Na sexta fomos fazer um aquecimento na casa do Hans antes de sair. Ele mora com um cara da Indonésia e um kiwi. De lá pulamos de pub em pub até acharmos algum lugar legal pra ficar. No final da noite acabei ficando no WildFire com alguns amigos chilenos. É o lugar que todo fim de semana só toca música latina. Entre uma salsa e um reggaeton até funk tocou.

 

No sábado eu e Hans não queríamos sair (a princípio). Fomos tomar um café em um lugar aconchegante pra fugir do vento frio. Até que meu amigo da Venezuela, Vicente, me ligou chamando para o aniversário da irmã dele. Fomos lá dar uma passada. Era um pub que só tocava salsa. Havia muitos casais dançando, e dançando MUITO BEM!! Parecia que todos tinham saído das aulas de dança de salão do Emerson Barreto. A irmã do Vicente me ensinou vários passinhos e eu arrisquei dançar um pouco com meus amigos venezuelanos. Muito bom, mas ainda prefiro um forrozinho. De lá fomos procurar algo mais animado. Passamos no Globe, mas dessa vez a música não estava tão boa. Era muito tuntz tuntz e pouca música conhecida. Fomos para o porto e decidimos entrar no Danny Doolans. Uma menina da minha sala já tinha me falado que esse lugar era muito bom, mas às vezes tinha que pagar pra entrar. Demos sorte que nesse dia era free. O lugar é bem grandinho, direto rola música ao vivo, nesse dia era DJ. E a música estava muuuito boa. Primeira vez que realmente curti a música. Tocaram várias musiquinhas dançantes, tipo Daft Punk, Maroon 5, Black Eyed Peas, Foster the People, entre outras.. Saímos de lá com o dia claro, paramos no McDonalds pra tomar café da manhã e assim acabou o sábado.

 

 

Na outra semana foi a graduação da Stacy, aluna da Coréia. Na sexta era seu aniversário. Fomos para Ponsonby procurar algo diferente pra fazer. A ideia era ficar um pouco no restaurante brasileiro, mas os preços estavam bem salgados. Entramos em um irish pub que também tinha os preços beeem carinhos. O dono falou que teria música ao vivo. Decidimos comprar só uma cerveja e assistir um pouco da banda. Finalmente eu estava ouvindo rock em algum lugar, mas a banda só tocava músicas próprias e acabamos enjoando de lá. De lá voltamos para o centro da cidade, encontramos com o kiwi que mora com o Hans e fomos pra um pub que não conhecíamos. Eu estava extremamente feliz porque estava conversando com o kiwi e entendendo tudoooo! E conseguindo me comunicar super bem! Definitivamente foi o ponto alto da noite pra mim. De lá acabamos indo embora. Eu ainda queria demais ir pro porto, mas ninguém quis ir, e o jeito foi ir pra casa.

 

 

No sábado fomos pra casa do Vicente, amigo da Venezuela. A ideia era fazer churrasco, mas a previsão era de chuva. Então mudamos de churrasco para a tarde dos hambúrgueres. Acabou que no final o tempo virou e o sol reinou durante o dia todo. O tempo aqui é realmente maluco, não dá pra confiar. O Vicente é chefe de cozinha e preparou uns hambúrgueres muuuuuuuuuito tensos!!!! A carne foi preparada na hora ali, muito gostoso. Depois de comer ficamos lá até 10 horas da noite, interagindo, tomando uns drinks, dançando... Tentei ensinar forró para os meninos. O venezuelano pegou o jeito, mas o japonês teve dificuldade. E brincamos de vários jogos, tipo "um sapo, na lagoa, ploft", todos em inglês, claro. Foi bem engraçado. Depois de passar o dia todo lá curtindo fomos pra casa mortos de cansados.

 

 

E domingo rolou uma parada totalmente inusitada. Mas pra explicar a relação com as pessoas vou ter que voltar um pouquinho no tempo. Quando eu estava pra sair da Homestay e procurando lugar pra morar, procurei no grupo do facebook “Brasileiros em Auckland” se tinha alguma proposta. Tinha um post de uma menina chamada Helaine procurando gente pra morar com ela e uma tal de Luísa. Pelo perfil da Luísa vi que ela era capixaba. Peguei o celular da Helaine e começamos a trocar mensagens combinando de se encontrar pra olhar apartamento. Mas no dia que a gente ia se encontrar surgiu uma visita pra eu olhar outro lugar. E o mesmo aconteceu com ela. No final das contas a gente acabou não se conhecendo e tanto eu, quanto ela, quanto a Luísa fomos morar em apartamentos diferentes.

 

Beleza! Passado aproximadamente um mês disso, eu postei no grupo do facebook perguntando de lugares legais pra sair (não aguentava mais frequentar os mesmos lugares). E aí a Luísa viu meu post e me mandou um inbox falando que finalmente tinha encontrado mais um capixaba aqui. Começamos a conversar e marcamos de nos encontrar no Provedor na quarta pra bater um papo. Mas acabou que choveu muito e eu nem fui. Durante a semana a Luíza me manda mensagem falando que iria rolar um churrasco no domingo em uma praia fora da cidade. E só tinham mais duas vagas no ônibus. O Hans animou e confirmamos nossos nomes na lista.

 

E assim no domingo eu finalmente conheci a Helaine e a Luíza, que por pouco quase não se tornaram minhas flatmates. Muito engraçado essas coincidências da vida. Partimos então em direção a praia de Muriwai, na costa oeste, a 42 km de Auckland. Estávamos em umas 15 pessoas no ônibus: uma mexicana, uma suíça e o restante de brasileiros. A galera é muito animada. A maioria estuda na mesma escola de inglês, que fica pertinho da minha. O motorista do ônibus era um kiwi muito simpático com um inglês muito claro, muito fácil de entender.

 

 

Apesar da previsão do tempo indicar sol o dia inteiro, o céu estava nublado e tinha um vento frio do caramba. Mas partimos na fé que o tempo fosse mudar. A praia é de areia preta, por causa das atividades dos vulcões naquela área. E o mar é bem agitado, por isso é destino certo de muitos surfistas. Chegando em casa fui pesquisar sobre o lugar e vi na internet que em fevereiro desse ano um cineasta foi morto nessa praia atacado por um pequeno grupo de tubarões brancos. Ele estava nadando há 200 metros da costa e depois do acidente a praia ficou fechada por vários dias.

 

 

Chegando lá, do estacionamento pegamos uma trilha de 5 minutos e logo se via o mar. Fomos pra um pico ver a vista e eu me deparo com centenas de aves brancas, a maioria chocando, outras voando. O nome desse pássaro é Gannet, ou Tākapu. O adulto pesa 2 kg e meio e suas asas têm em uma envergadura de 2 metros. Eles podem viver até 30 anos e moram na costa da Nova Zelândia e da Austrália. Os primeiros gannets chegaram nessa praia em 1979. Cada casal coloca só um ovo por ano, e eles se revezam pra chocá-lo. Depois de 6 semanas o passarinho nasce e 4 meses depois eles voam pra Austrália. Essa praia fica há 3.000 km de Austrália, por isso muitos morrem no caminho. Os que conseguem chegar, voltam pra Nova Zelândia 3 anos depois como adultos e ficam aqui pra sempre.

 

 

Depois de avistar os gannets descemos pras pedras na beira do mar, do lado de um paredão de rocha muito massa. Estava um vento do caramba e o mar bem agitadinho. Quase levei um banho ao tirar foto perto do mar. De lá o pessoal foi andar pela praia. Eu, Helaine e Luíza decidimos sentar pra descansar e papear. Do nada, quando a gente percebeu, a maré tinha tomado o caminho que a gente faria pra alcançar o pessoal. Eu fui com Luíza pelas pedras pra chegar na praia. E Helaine e Diego acharam outro caminho.

 

 

Passado algum tempo fomos para o nosso “churrasco”. A chapa onde o motorista kiwi estava preparando o churrasco ficava em um campo gramado, na beira de uma árvore. Enquanto a gente esperava, alguns dos meninos jogavam futebol. O churrasco foi pão com mostarda ou ketchup e bife de hambúrguer (ou carne na chapa). E também tinha uns salsichões. Mas enquanto a gente comia, São Pedro decidiu sacanear. Do nada começou a chover, corremos pra debaixo da árvore tentando salvar as comidas. Depois de comer, pra fugir do vento frio, parte da galera foi pra dentro do ônibus papear (assim como eu). Alguns caras corajosos alugaram equipamentos e foram surfar na chuva. E algum tempo depois partimos de volta pra Auckland. No caminho o motorista parou em um lugar que é o point dos morangos. Agora é temporada de morango aqui, e esse lugar vende vários potinhos de morango com preço muito bom, geleias e um sorvete delícia!!! Eles batem sorvete de baunilha com morango purinho. Muuito gostoso! Se você quiser pode pedir pra bater com iogurte também. Sobremesa do churrasco muito bem escolhida!

 

 

Chegamos cedo em Auckland. O resto do domingo consistiu em lavar todas as roupas sujas, preparar o almoço de segunda e estudar para o teste semanal. Essa semana eu comecei a estudar somente pela manhã. Vai dar pra planejar legal as férias de 2 semanas que estão por vir.. Se der certo o que estamos pensando, vai ser uma aventura e tanto. Aguardem =)

O aniversário meio frustrante

02/12/2013 20:54

Meu aniversário estava chegando, seria na segunda-feira, e eu não tinha ideia do que fazer. Todos meus amigos do Brasil sabem que pra mim isso é sempre um grande acontecimento. Eu sempre quero festa, chamar o máximo de pessoas que eu puder, fazer algo bem legal. Sempre fico empolgada, faço contagem regressiva, fico lembrando meus amigos de me dar parabéns. Mas dessa vez eu estava do outro lado do mundo, com pouca grana e sem um bom lugar pra comemorar. Sair pra balada ou beber em barzinho aqui é extremamente caro e eu estava sem grana. Queria arrumar algum lugar pra reunir os amigos, comprar bebida em supermercado e ficar lá de boa, ouvindo música e curtindo. 

 

No começo da semana o Maurício tinha me falado que a gente podia beber na casa dele (meu ex flat). Mas eu fiquei matutando se eu achava algum lugar maior porque lá é muito pequeno, mesmo eu tendo poucas pessoas pra convidar. Enquanto isso eu ia falando pra galera da escola que meu aniversário estava chegando, que eu queria comemorar no sábado mas ainda não sabia o que fazer ou onde fazer. Quando deu sexta-feira eu não tinha achado alguma solução. Então ficou combinado na casa do Maurício, e pra falar a verdade nem confirmei com todo mundo que eu queria chamar, pois sabia que não tinha espaço. Só comentei com os mais chegados.

 

Sábado amanheceu um dia lindo e todo mundo estava falando em ir pra praia. Fomos pra Mission Bay, fica há uns 15 minutos de ônibus. Convidei a coreana que divide quarto comigo e ela topou. Chegando lá só estavam Hans e mais dois amigos nossos da Venezuela. Gostei da praia, embora meu professor diga que essa é a pior que tem aqui. Mas como foi a primeira, pra mim estava ótimo. O sol estava violento, um monte de gente tomando sol na areia e eu só pensava em protetor solar. Fui logo dar um mergulho, foi a primeira vez que eu entrei no mar aqui. A água estava uma delííííícia! Estava um pouco fria só na hora de entrar, depois era tranquilaço! Mar tranquilo, sem ondas, do jeito que eu gosto (algumas algas do nada, meio sujo, mas estava de boa).

 

 

Ficamos lá entre um mergulho e outro, mas quando saíamos do mar era impossível ficar na areia torrando (até porque eu não tenho canga), a gente ia pra calçada na rua ficar debaixo das árvores. Achei bem interessante que em Mission Bay existe a praia, aí tem uma calçada e uma área enorme gramada, tipo um parque, exatamente na frente. Tinha mais gente na grama do que na praia. Muita gente fazendo piquenique, jogando rugby, deitado estirado na grama. E tinha também um chafariz com uma porrada de criancinha fazendo a festa.

 

 

 

Quando bateu a fome fomos procurar algum lugar pra almoçar. Tudo com preço meio salgado e acabou rolando fast food por conta de grana. Depois eu e a SooMi (minha roomate coreana) fomos tomar um sorvete famoso por aqui. O sorvete é suíço, paguei meio caro, mas está entre um dos melhores da minha vida. Ainda assim o Cremino da Praia do Canto fica pau a pau. Mais tarde o resto do pessoal começou a chegar. O sol não estava mais TÃO violento, ficamos na areia curtindo a praia. E quando foi umas 17 horas decidi ir embora porque mais tarde ia comemorar meu aniversário (apesar de que rola de ficar na praia até umas 20h).

 

 

Na hora de ir embora o Maurício veio conversar comigo, se eu tinha chamado muita gente pra ir pra casa dele, porque o apartamento era pequeno e tals. Falei que só os mais chegados, mas eu vi que ele estava preocupado. Fui pra casa só pensando nisso. Aí lembrei que no contrato do meu novo apartamento diz que eu posso dar festa se for caso de aniversário ou natal ou ano novo. Então mandei a seguinte mensagem pro árabe que mora comigo: “Ei, queria te perguntar uma coisa. Segunda-feira é meu aniversário, mas eu vou comemorar hoje a noite. Gostaria de saber se posso chamar uns 15 amigos pra beber aqui em casa antes de irmos pra algum lugar. Não é pra passar a noite inteira, provavelmente de 20:00-23:30. Se eu puder fazer isso vou comprar copos descartáveis. Já perguntei para as meninas e por elas está tranquilo. Só preciso saber de você e do seu irmão. E vocês também estão convidados para se juntar a nós e sair pra algum lugar mais tarde.”

 

Ele me mandou a seguinte resposta: “Ei Lara, é um prazer saber que seu aniversário está chegando. Claro que você pode chamar os seus amigos para celebrar. Mas 15 pessoas é um número muito grande. Nosso apartamento não comporta isso (na verdade comporta, nossa sala é enorme, com vários sofás, cadeiras e 2 varandas, mas ok). Você pode chamar 5 amigos e por favor, somente até 22h porque depois disso precisamos fazer silêncio para aqueles que querem descansar.” Bem, eu agradeci, disse que ia pra outro lugar porque se eu convidasse certo amigo e não convidasse outro, ia ficar uma situação chata. E chamei ele pra sair com a gente, mas ele disse que estava muito cansado e que ficava pra uma próxima.

 

Diante da resposta eu já fiquei extremamente frustrada! No Brasil eu nunca teria esse problema. Tinha o “cerimonial” SóCanelas (foram as melhores festas de aniversário que eu já tive, obrigada meninos mais uma vez por terem deixado hahaha), o terraço do nosso velho e bom Edifício Macedo, Guriri ou a área do prédio de Vitória. E eu sabia que o Maurício estava preocupado com a quantidade de pessoas no apartamento dele. Bem, agora já estava marcado e eu não tinha como transferir o pessoal pra outro lugar. Prometi pro Mauro que seria um rápido aquecimento e de lá a gente iria pra outro lugar mais animado.

 

Quando eu cheguei não tinha ninguém, só Maurício e Angela que já moram lá. À medida que o pessoal foi chegando eu fui tentando sempre recolher as long necks vazias, tampinha de garrafa, essas coisas. Comprei copo e guardanapo (porque ganhei um bolo de chocolate do pessoal =D). Mas estava realmente bem apertado, eu contei umas 18, 20 pessoas, naquela salinha minúscula. Eu realmente estava abusando da boa vontade do pessoal.

 

 

O esquema da festa era “traga o que for beber”. Em determinado momento o Hans falou: presta atenção na fulana, ela não está bem. Uma das convidadas estava bebendo um vinho lá e começou a passar mal. Na verdade, passar MUITO mal. Foi aí que eu vi que a gente tinha que sair dali o quanto antes. Corri pra cantar parabéns e cortar o bolo, e logo depois já fui recolhendo as garrafas vazias e tentando limpar o local. O pessoal ajudou muito. Enquanto uns cuidavam da menina os outros estavam descendo com o lixo ou limpando a sujeira.

 

Descemos pra porta do prédio e ficamos muuuuuuuuito tempo pra conseguir levá-la pra casa. Entre um aperto e outro, pra tentar amenizar a situação, alguém da galera começou a puxar uma paródia de “We are the world” com a situação. Foi MUITO engraçado. Uma pena que não deu tempo de filmar. Todo mundo inventando uma frase, cantando espontaneamente, ficou muito legal. Depois de algumas várias horas tudo foi resolvido. Mas estava todo mundo cansado e sóbrio. Por mim eu já iria pra casa, mas o pessoal foi muito fofo, eles falaram: Não, é seu aniversário, vamos pro Globe (uma boate).

 

 

Fomos então pra porta do Globe, mas um dos meninos esqueceu o passaporte, e sem documento não tem como entrar. Ele disse que a gente podia entrar sem ele, que ele ia embora. Mas naquela confusão toda, todo mundo resolveu ir pra casa. Tiramos umas fotos, conversamos um pouco de bobeira e assim acabou a minha noite. Só não posso dizer que a noite foi um completo desastre porque o pessoal foi muito gente fina comigo. Ganhei bolo, ganhei presentinhos.. Todo mundo ajudando a contornar a situação, tentando me fazer curtir de alguma forma, cantando, brincando... Foi bem legal da parte deles.

 

No domingo acordei super sem graça com os donos do apartamento, pedi várias desculpas e ofereci ajuda com qualquer coisa. Mas eles estavam de boa. Passei o domingo em casa estudando e consegui falar um bom tempo com os meus pais, pra receber meus parabéns da parte deles.

 

Na segunda foi meu aniversário aqui. Recebi muitos abraços, parabéns e alguns cartões muito especiais. Um que me surpreendeu foi o da minha roommate. Só conhecia ela há 1 semana e ela escreveu várias coisas bonitinhas. Ela é muito fofa!!! Tirando isso foi mais um dia comum. Me dei de presente o cookie mais gostoso do mundo, que é vendido do lado da escola e toda semana eu tento resistir de comprar (e não consigo). Da aula fui pra casa e o dia acabou sem ter acontecido nada de especial. Na terça-feira foi meu aniversário no Brasil e comecei a receber vários recados fofos no facebook. Alguns deles me fizeram chorar MUITO!!

 

 

Enfim, esse foi meu aniversário, que durou de sábado à terça, mas foi meio frustrante. Senti muita falta da minha família e dos meus amigos, de estar perto das pessoas que eu amo. Mas com certeza posso dizer que foi um aniversário inesquecível :D

Semana 5: Ilha de Rangitoto, comida japonesa e pão de queijo

29/11/2013 19:19

E segunda pela primeira vez tirei da mala minha roupa de academia e estava pronta pra escalar maaaaaais um dos 50 vulcões de Auckland!! Fomos com a escola, umas 4 turmas juntas, incluindo a minha e a do Hans. Nos encontramos no ferry e partimos em direção a ilha de Rangitoto ($ 22,50 ida e volta). O dia estava bem bonito. Chegando lá os professores estavam com um pote de filtro de solar de 3 litros (JURO) disponibilizando pra galera. Eles avisaram que o último ferry saía às 15:30 e se perdêssemos esse ferry teríamos que dormir na ilha, então ficou marcado 15h no cais de Rangitoto. E assim começamos a trilha.

 

 

Tem vários caminhos pra chegar ao topo, por isso todo mundo se dispersou. No começo eu estava indo pelo mesmo caminho de um dos professores da escola que eu não conhecia. Ele é daqui, começou a conversar com a gente e não parava de falar e perguntar sobre a gente. Foi muito bom o bate-papo, mas chegou uma hora que eu não tinha mais forças suficientes pra falar e escalar o vulcão ao mesmo tempo. Acabou que o professor escolheu um determinado caminho e a gente escolheu outro. A trilha não é muito íngreme, mas tem muitas pedras, tem que caminhar com atenção pra não tropeçar e cair (coisa bem provável de acontecer comigo). Depois de vááários minutos andando chegamos em umas cavernas loucas. Entramos em algumas delas, mesmo sendo bem estreito, iluminando o caminho pelo celular.

 

 

Depois continuamos subindo e chegamos numa área plana com vários toquinhos de madeira no chão. O topo estava há 20 minutos de subida, mas eu não tinha mais forças pra subir. Já estava com falta de ar (eu sei, sou a moleza em pessoa rs). Pedi pros meninos pra gente parar ali pra almoçar e descansar um pouco. Tiramos nossos sanduiches das mochilas, sentamos nos toquinhos e ficamos ali por uma meia hora relaxando.

 

 

Com as energias recarregadas fomos ao topo. Onde era a cratera do vulcão, agora você pode ver a reserva que se tornou. Muito massa! A vista lá de cima é muito linda (pra variar). Tiramos fotos, curtimos o momento, conversamos com nossos professores.. Na hora de voltar escolhemos o caminho mais curto. Eu estava um caco! Chegamos morrendo de calor, doidos pra tomar um mergulho naquele marzão azul lindo! Mas não achamos algum lugar em que pudéssemos entrar na água, onde estávamos era cheio de rochas e pedras na beirada. Depois descobrimos que se a gente tivesse andado mais uns 20 minutos teríamos achado uma prainha pra poder mergulhar.

 

(A cratera do vulcão hoje)

 

(A vista do topo)

 

E foi isso, eu estava tão cansada quando cheguei ao cais que dei uma deitadinha num cantinho e dormi por uns 20 minutos, juro! Quando acordei vi um papel na minha frente, era o relatório da minha professora com minhas notas do teste. A minha nota de gramática não foi boa, tinha um asterisco com um comentário da professora: a aluna está nesse nível somente há 1 semana. Todo o restante (listening, speaking, writing, reading) eu fui bem, valendo 12 tirei acima de 10 em todos os quesitos. Fui lá conversar com a professora. Ela disse que não era pra me preocupar com a nota de gramática, porque eu não tinha visto várias coisas que caíram no teste, e que eu era uma boa aluna e estava indo muito bem. Resumindo: eu tinha passado para o outro nível. A partir da outra semana eu iria pro nível 6B (como se fosse o avançado 2), com a mesma turma e outro professor. É o último nível, depois desse ninguém sabe o que vai acontecer. Acho que a gente continua no 6B pra sempre aprendendo coisas novas. Até hoje eu não acho que eu devia estar nesse nível. Eu falo, de longe, bem pior que o resto da sala. Mas eu estou gostando, estudando bastante, me esforçando. E o professor novo é muito bom, é o que fala mais rápido de todos que eu tive até agora. E se eu conseguir entender ele, acho que vou conseguir entender qualquer um falando hehehe. Agora é continuar fazendo a minha parte e estudar!

 

Na terça-feira recebi o convite das minhas amigas japonesas pra ir a um restaurante japonês. Eu estava com receio, nunca tinha comido peixe cru antes e com certeza iria estranhar. Pedimos um saquê pra abrir o apetite, que eu tomei em pequenos e lentos golinhos, porque achei muito estranho, rs. Meu copinho deve ter durado mais de 1 hora na minha mão. Tive uma surpresa muito boa em relação a comida japonesa: não é só peixe cru!!!!!! Pra falar a verdade, a única coisa crua que eu comi foi sushi, todo o resto era assado ou frito. Os pratos vinham em porções pequenas, que custavam em torno de 5 dólares cada. Pedimos várias coisas durante a noite, já que estávamos em uma boa quantidade de pessoa, então deu pra experimentar várias coisas diferentes. Os pratos que eu mais gostei foram uma torta (não sei se era de lula ou polvo) e um franguinho crocante. E o que eu menos gostei foi um noodle ao curry. O sushi ficou no meio da história. Não achei nada de especial (achei o arroz salgado demais rs). Elas tentaram me ensinar a usar hashi, aqueles palitinhos japoneses. Mas eu apanhei demais. Quando achava o jeito certo era uma alegria. Mas se eu mudasse um dedo de lugar eu ficava meia hora pra achar a posição certa de novo. Precisei de um garfo, claro, pra me ajudar durante a noite. Aqui vai o nome de tudo que eu comi (já não sei qual é qual): sushi, yakitori, karaage, okonomiyaki, yakisoba, curry udon, ebikatsu, takoyaki. Saindo do restaurante fomos dar uma volta no porto, mas estava ventando DEMAIS, um frio insuportável. Demos uma passada no pub que Naila e Vinicius estavam, fomos no mc donalds tomar um sorvetinho de $ 0,70 e fomos pra casa.

 

 

Quarta-feira eu senti uma dor de cabeça absurda na escola (não gente, não foi por causa do saquê). Começou do nada, não conseguia prestar atenção na aula. Falei para o professor que não tinha como me concentrar daquela maneira e ele me deixou ir embora. Depois de tomar um remédio e dormir pesado, acordei e dei a sorte de conseguir falar com meus pais no skype. Pelo menos a dor de cabeça serviu pra alguma coisa. Melhorei, descansei, e saí pra encontrar meus amigos no pub à noite.

 

Durante a semana algumas pessoas vieram olhar meu apartamento. Eu ainda aguardava achar alguém pra ficar no meu lugar, de forma que eu pudesse mudar para o apartamento da Laura. As pessoas gostavam, mas ninguém confirmava imediatamente, claro. Mas na quinta-feira a flatmate da Laura começou a me pressionar. Se eu realmente fosse mudar eu teria que pagar o aluguel da próxima semana de garantia, porque tinha uma italiana muito interessada em morar lá e só esperando a minha resposta. Eu não tinha como pagar esse aluguel sem ter achado alguém pro meu lugar na casa dos árabes, senão eu correria o risco de pagar dois alugueis. Então decidi ficar onde eu estava. Agradeci à Laura, pedi desculpas à sua flatmate e deixei a italiana entrar lá no meu lugar. Tive que pedir para o árabe retirar o anúncio no site e disse que ia ficar lá de vez. Também pedi desculpas a ele por toda essa minha confusão. Agora é definitivo. As meninas do apartamento então me explicaram os esquemas da casa de limpeza e tudo mais.

 

(Novo lar: esse primeiro prédio)

 

Quinta-feira eu vi um panfleto na escola em português que me chamou a atenção: “Saudade do pão de queijo do Brasil? Venha comer em tal lugar!” Aquilo me deixou com água na boca. Comecei a falar de pão de queijo pra todo mundo da escola, que a gente tinha que ir, que era muito bom, etc, etc, etc... Fomos em umas 5 pessoas ao café que vendia. 6 pães pequenininhos (ou 3 médios ) por 5 dólares. E eles vendem o pacote congelado também: 15 dólares!!!!! (Não, não estou com tanta saudade assim). Pedimos uma porção de 6, só para experimentar. A galera se amarrou. Não deu tempo de tirar foto, estava muito suculento. Depois algumas pessoas foram embora e sobramos somente eu e Susane. A Susane é uma alemã por volta de 50 anos que entrou na escola há pouco tempo. Ela entrou na minha turma (agora está em outra) e no seu primeiro dia eu fiz bastante companhia a ela. Ela tem uma pronúncia muito boa, mas tem o vocabulário tão limitado quanto o meu. A gente se deu muito bem, mesmo com a diferença de idade. Gosto muito de conversar com ela. Ficamos um bom tempo lá no café papeando, falei muito da minha família, da viagem que eles fizeram pra Europa. Mostrei as fotos de todas as cidades da Alemanha que eles visitaram. Enfim, foi uma boa tarde.

 

De lá a Susane foi embora e eu fui pro Brooklin, um pub, encontrar com a professora Amy. Era uma daquelas quintas-feiras que uma professora da escola passa a tardezinha num pub com os alunos pra conversar e treinar o inglês. Dessa vez estávamos só eu, Hans, a professora e duas russas. Eu particularmente prefiro quando vai menos gente, que assim eu falo mais. E mais uma vez foi muito agradável. A Amy é uma fofa e o papo com as russas foi muito bom.

 

Na sexta-feira depois da aula fiquei em casa e passei a tarde toda vendo vídeos do The Voice Brasil hahahaha. Mas quando todo mundo está em casa a internet fica muito lenta, então às vezes dou sorte de ver vários vídeos de vez, às vezes somente 1 ou 2. Sinto falta de poder assistir no volume máximo no sofá maravilhoso lá de casa, espremida entre meu pai, minha mãe e Laís, com aquela bacia enorme de pipoca no colo. Mas faz parte! As amigas japonesas me chamaram pra sair na sexta à noite, mas decidi ficar em casa e poupar dinheiro, já que no sábado seria a comemoração do meu aniversário. E a história da festa fica pra outro post =)

Semana 4: A prova de final de ciclo, jardinagem, Devonport e mais uma mudança!

22/11/2013 19:46

Segunda-feira passada fiz prova o dia inteiro, separada por partes. Primeiro foi o Reading. Estava “fazível”. Tinha muito vocabulário que eu não tinha ideia, mas depois de ler uma três vezes dava pra ter uma noção pelo contexto. Depois do intervalo foi o teste de gramática/vocabulário. E nesse eu me f*** boniiiito. E olha que eu tinha estudado. E caiu exatamente uma parte de vocabulário que eu não tinha ideia do que se tratava. Algumas questões eu chutei, outras deixei em branco (achei melhor do que inventar palavra que não existe hahaha). Depois do almoço foi o Listening e eu fui um completo desastre. A professora só repetiu uma vez, e o áudio estava muito rápido pra mim. E por último foi o Speaking, a parte mais “tranquila”. Todo mundo acha essa a parte mais fácil. O Speaking funcionou assim: a professora dividiu em grupos de 3 alunos e dava uma folha com 10 frases, você tinha que colocar uma nota de 0 a 10, onde 0 significa “discordo totalmente” e 10 significa “concordo totalmente”. E depois você tinha que discutir com os colegas porque você deu aquela nota. As frases eram mais ou menos assim: “Auckland é um lugar melhor pra se viver do que a minha cidade”. E por aí vai.. Ou a frase comparava a Nova Zelândia com o seu país, ou se tratava do futuro. Deu pra conversar legal com a galera. Mas aconteceu comigo o que sempre acontece em dinâmica de grupo. Quando a professora estava longe eu falava igual uma matraca. Quando ela chegava perto e eu sabia que estava sendo avaliada, eu travava e falava menos. De qualquer forma, o resultado só ia sair em uma semana.

 

Depois do desastre da prova, fui ao supermercado com meus flatmates. Falei pra eles que se eu achasse certos ingredientes eu iria preparar o jantar daquela noite. Fiquei 1 ano procurando creme de leite, até que achei. Pra comprar linguiça foi outro sacrifício, algumas eram muito caras, as baratas eram estranhas. Decidi levar a barata e estranha. E achei um leite condensado mais baratinho, por 3 dólares. Adivinha qual foi o cardápio??????????? MACARRÃO DO JACK! Claro! Hahahaha Eles perguntaram se era uma comida típica do Brasil e eu disse que não, que era uma comida típica de Lara!!! E que eu costumava fazer sempre na minha época de faculdade. Foi meio tenso pra cozinhar porque as panelas eram muito pequenas e a linguiça estranha era realmente muito estranha e quase desmanchava na panela hahaha.. Mas no final deu certo. Eles se amarraram! Eu caprichei no molho, não tinha como ficar ruim. Só fiquei devendo o queijo ralado por cima. E de sobremesa fiz BRIGADEIRO!!!! Foi a sensação também. Eles falaram que é bem parecido com um doce da Colômbia chamado Arequipe (se eu não me engano). Como eu ofereci o jantar, eles compraram um vinho e lavaram a louça. E assim passamos nossa noite de segunda-feira: saboreando o que a Lara sabe cozinhar de melhor! Hahahahahahah

 

 

A aula de terça-feira foi uma atividade extraclasse. Fomos fazer um trabalho voluntário no “Papatuanuku ki Taurangi” (escrito em maori). Nesse centro moram três irmãs de caridade que dirigem um jardim comunitário. Nesse jardim são plantados vegetais, flores, frutas orgânicas, entre outras coisas, e os alimentos vão para as comunidades carentes. Além disso, elas ensinam jardinagem pra pequenos grupos de pessoas com deficiência de forma que elas possam usar aquilo como profissão. Chegamos, tivemos uma apresentação das irmãs e de todos os funcionários, nos apresentamos individualmente e tomamos um rápido chá (acompanhado de deliciosos muffins). E de lá partimos pro batente. Eu, com meu histórico de sedentarismo assumido, passei a manhã inteira trabalhando. Eu não sei nem explicar o que eu fiz porque não sei o nome dessas coisas nem em português. Primeiro tivemos que cortar umas plantas, depois passar a enxada na terra, pra tirar ela do lugar e afofar e tirar umas raízes loucas que apareciam. Foi bem intenso pra mim, mas foi legal. Só não gostava quando encontrava umas minhocas nojentas hehehe. Enquanto eu estava com um grupo de alunos fazendo isso, outros colhiam frutas de árvores, outros ajudavam a plantar alguma coisa. Tenho a ligeira impressão que participei de uma das tarefas mais pesadas, mas ta ok! A recompensa vai pra comunidade =) Depois de passar a manhã inteira jardinando, almoçamos com as irmãs. Cada um trouxe seu almoço, como foi previamente combinado. Elas eram muito simpáticas, conversavam com todo mundo, perguntavam da nossa vida. Muito bom pra treinar o inglês. E depois do almoço fomos pra casa.

 

 

 

Como fui liberada 1 hora mais cedo do horário usual, aproveitei pra conversar com meus pais pelo skype, já que dei a sorte de ser “somente” 23:30 no Brasil. Está sendo muito difícil encontrar um horário perfeito pra falar com eles. Esta foi a segunda vez que consegui conversar desde que cheguei em Auckland. Paguei 3 dólares por 1 hora de internet na lan house, já que ainda morava num flat que não tinha internet. O resto do dia consistiu em ficar em casa descansando e comendo pizza de supermercado com os flatmates.

 

Quarta-feira foi mais um dia de pub e quinta nada de interessante aconteceu. Na sexta-feira fui conhecer a Naila e o Vinícius, casal de brasileiros recém-chegados em Auckland que vieram pra morar durante um bom tempo. Almoçamos juntos e passamos a tarde rodando pelo centro. Mostrei os lugares que eu costumo frequentar: os barzinhos, Hollywood, o porto, enfim... E à noite fomos sair. Rolou um aquecimento lá em casa, como de costume. Depois fomos procurar alguma boatezinha. Primeiro passamos em uma boate em que mulher entrava de graça e homem pagava 10 dólares. As mulheres entraram primeiro pra ver se era legal e se compensava ir pra lá. SÓ TINHA asiático!!! Achei o point dos asiáticos em Auckland! A boate é bem grandinha e as músicas estavam muito boas, mas tava meio vazio então decidimos procurar outra coisa. Fomos pra uma do lado do backpacker da Naila e do Vinicius, chamada Globe. Adoreeeei o lugar, adorei todas as músicas e dancei pra caramba. A bebida, claro, é carinha. Só tomei uma bebida azul que vinha numa jarra de azeitona muito louca hahah (8 dólares). Depois de um tempo o pessoal resolveu voltar pra boate dos asiáticos e naquela altura da noite estava super bombando! Fiquei só uns 5 minutos e fui pra casa porque tinha marcado de ir pra Devonport no Sábado.

 

 

Sábado acordei cedo e fui para o porto encontrar Hans, Stacy e Amanda (duas coreanas da escola). Fomos conhecer o subúrbio de Devonport. Foi o meu primeiro passeio de ferry, muito delícia, mas Devonport fica bem pertinho, foram só uns 10 minutos de ferry (11 dólares ida + volta). Chegando lá fomos andar pelo bairro. Fiquei muito apaixonada pelas casinhas. Acho que só mora lá quem tem grana. Depois de caminhar por um tempo fomos visitar o Navy Museum, que mostra a história da contribuição da marinha pra Nova Zelândia. Ficamos lá por um tempo e fomos subir o Mount Victoria (conhecido pelos Maori como Takarunga). Esse monte é o mais alto vulcão na costa norte de Auckland (87 m) e sua idade é desconhecida . A vista lá de cima é muito bonita, e ficamos mais de 1 hora lá só descansando, deitados na grama e ouvindo Radiohead do celular da Stacy. Nas encostas do Monte Victoria têm uma escola primária, um campo de tênis, um cemitério, um reservatório de água para o subúrbio e um mirante panorâmico. Quando descemos o monte estávamos com uma fome absurda. Fomos pra uma região com vários restaurantes (todos pareciam ser meio carinhos), escolhemos um e pedimos uma pizza. Depois disso já não tinha mais muita coisa pra fazer em Devonport. Andamos mais um pouco e pegamos o ferry de volta. Cheguei em casa morta de cansada e fui lavar todas as minhas roupas pra preparar outra mudança de flat no domingo.
 

 


 

 

 

 

Durante essa semana a Laura, minha amiga da Colômbia, veio me contar que tinha surgido uma vaga no apartamento dela, pra dividir quarto com ela. Pelo mesmo preço que eu iria pagar no apartamento dos árabes, mas um apartamento menor, morando em 3 pessoas. Fiquei muito interessada, mas já tinha assinado o contrato com os árabes. Mandei um torpedo pro árabe perguntando se ainda dava tempo de cancelar o contrato e expliquei tudo que aconteceu. Ele disse que infelizmente não tinha como, mas que ia me propor uma solução: Eu mudava pra lá no domingo e ele ia colocar o anúncio da vaga no flat de novo no site, e eu moraria lá até ele encontrar outra pessoa, senão ficava injusto pra ele. Eu concordei. A Laura me disse que a flatmate dela ia sair no próximo sábado. Então eu tinha menos de 1 semana pra encontrar alguma pessoa pra ficar no meu lugar no flat dos árabes e mudar pro flat da Laura.

 

Domingo, antes de fazer minha mudança, fui ajudar a Angela a fazer a mudança dela. Eu ia sair do flat do Maurício e a Angela ia entrar no meu lugar (Angela é minha amiga colombiana que estava na mesma homestay que eu quando cheguei). Peguei o busão pra Birkenhead e fiz aquele mesmo trajeto pra homestay das minhas duas primeiras semanas em Auckland. A Angela tinha 2 malas enormes, mais uma mochila e uma bolsa. A gente quase morreu pra carregar aquilo tudo pelas ladeiras de Birkenhead até o ponto de ônibus. Chegando no centro o Hans nos ajudou. Depois de instalar a Angela foi a vez da minha mudança. Meu novo flat fica a 5 minutos da escola, praticamente na frente da Sky Tower, localização excelente. Eu divido quarto com uma coreana muito fofa. Ela tem 30 anos, é super quietinha, demorei quase 1 semana pra decorar o nome dela hahahaha. Fiz compras no supermercado, agora comprando coisas só pra mim. Tenho meu espaço no armário e na geladeira, mas é pequeno, então tenho que ir comprando coisas aos poucos. E foi isso, passei o resto do domingo na internet (êêêêêê net em casa again!) e descansando das duas mudanças. Afinal, segunda-feira era dia de subir mais um vulcão... 

Semana 3: O novo flat e a nova classe

19/11/2013 17:20

Fiquei 15 dias sem internet, mas fui tentando anotar as principais coisas pra contar aqui. Então vamos à Semana 3:

 

Domingo foi dia de mudança. Acordei cedo, tomei café (sem confusões na cozinha dessa vez) e comecei a arrumar minha mala. A Olga me disse que eles iam sair por volta de 12:30 e podiam me deixar lá no novo apartamento. Perfeito! Depois de uma breve despedida, lá estava eu na porta do Volt Apartments. O pessoal me recebeu muito bem. Eles me deram roupa de cama limpa, desocuparam o guarda roupa e me deixaram bem à vontade. Eu e o David mudamos a cama do meu quarto de lugar pra estudar a possibilidade de colocar um colchão de solteiro no quarto, dessa forma eu poderia dividir o quarto com a Angela quando ela mudasse pra cá. Mas ia ficar realmente muito apertado. Eles falaram que por eles não tinha problema nenhum eu morar no flat junto com a Angela, porque o aluguel ia diminuir bem e com 5 pessoas ia valer a pena colocar internet. O único problema seria o banheiro porque de manhã os horários são todos bem parecidos. A gente teria que se organizar, revezar quem iria acordar mais cedo pra se arrumar e tals.

 

(Despedindo da Homestay)

 

(Novo prédio)

 

(Novos flatmates)

 

Depois de me instalar fui almoçar com o Hans em um pequeno shopping perto do porto. Ele também tinha acabado de se instalar no novo flat. Ficamos batendo perna pelo shopping depois fui fazer compra no supermercado com David e Mauricio. Fizemos a compra da semana e deu 33 dólares pra cada um (4 pessoas). Eles compram tudo junto, até biscoito e barrinha de cereal pra levar pra escola e comer no intervalo. O Mauricio cozinha todo dia o almoço do dia seguinte e o jantar. E eu estava de ajudante de cozinha hehehe. Ajudava a preparar as coisas e lavava toda a louça depois. No domingo David preparou uns sanduiches pra gente jantar. Foi o sanduiche mais diferente que eu comi até hoje rs.. Era pão com húmus, alface, tomate, cogumelos fritos, queijo derretido e DORITOS! O doritos dentro do sanduiche foi invenção do Mauricio, ficou estranho mas ficou muito bom hahaha.

 

Na segunda eu acordei mais cedo pra evitar o congestionamento do banheiro e da cozinha. Na hora de sair de casa vi que os meninos tinham deixado meu potinho com meu almoço, um garfo, uma barrinha de cereal e uma maçã, tudo separadinho pra mim. Achei muito fofo, ficou parecendo quando uma mãe prepara a merendeira da filha hahahha Chegando na escola a professora explicou que a partir do dia seguinte iam ter algumas mudanças nas salas de aula. Uma professora saiu da escola então eles iam ter que remanejar os outros professores. Dessa forma ela ia ter que dar aula pra outro nível e a nossa turma ia juntar com a turma do Hans. Mas pra não ficar cheio demais, o chefe dela pediu pra ela remanejar dois alunos da minha sala pro nível 6A (eu estou no 5A, existe o 5B e depois o 6A), porque não existe turma agora de 5B, e quando terminasse esse ciclo (em 2 semanas) esses dois alunos iriam pro 5B. Não sei se expliquei pra vocês isso de forma clara. Mas aí ela escolheu a mim e também uma senhora coreana da minha sala. Na hora fiquei assustada: 6A? Tem certeza? E ela disse: vocês vão dar conta, considera isso como um desafio, mas eu tenho certeza que vai ser tranquilo. Depois eu fiquei feliz, se ela me escolheu deve ser porque eu estou indo bem na aula (embora eu não ache isso ainda rs).

 

Na segunda-feira a tarde eu iria fechar o contrato do meu outro flat, o que eu pretendia mudar no dia 17. Mas mandei um torpedo pro dono remarcando pra terça a tarde, pra pensar se seria possível morar com a Angela na casa dos meninos. Fomos lá estudar o espaço do quarto. Até caberia mais um colchão de solteiro, mas não ia ter espaço pras nossas malas. E no quarto tem um guarda roupa minúsculo que não dá nem pra uma pessoa. Na sala também não teria espaço pras malas porque a sala agora é o quarto do Mauricio, rs. A Angela disse que se a gente dividisse a cama de casal daria certo, que ela não se importava de dividir a cama comigo e que teria espaço no chão pras malas. Era verdade, mas eu não estava disposta a dividir cama de casal. Todo mundo do apartamento disse que a decisão era minha, que pra eles estava tranquilo e eu fiquei de pensar até no outro dia.

 

E fiquei matutando a tarde inteira o que eu iria fazer. Eu simplesmente ODEIO tomar decisões. De um lado, um apartamento bem confortável, mas cheio de regras, pra morar com pessoas que eu não conheço e não tenho intimidade. Do outro lado morar com menos conforto, mas com amigos que têm um estilo de vida parecido com o meu e ainda pagar um pouco mais barato. Fui na rua com o Hans pra ver se eu achava algum colchão mais estreito pra comprar, mas não achei. No fim das contas decidi que ia para o outro apartamento mesmo. Ia ficar mais confortável pra mim, pra Angela e para os meninos. E provavelmente no outro apartamento eu ia falar mais inglês, porque aqui de vez em quando o pessoal encasqueta no espanhol e eu fico boiando, rs.

 

Terça-feira foi o primeiro dia na nova turma. A aula começa meia hora mais cedo e a professora é uma senhora inglesa. Ela é muito simpática, educada e tem aquele inglês britânico perfeito. A Laura também mudou temporariamente pra esse nível como eu, e além disso tinham chegado dois novatos naquela turma. Somando todo mundo, a turma ficou com 12 alunos. Na terça à tarde eu fui assinar meu contrato no outro apartamento. O flat é realmente muito bom, muito espaçoso. 6 pessoas (contando comigo): 2 árabes (os donos do apartamento), 2 coreanas e uma japonesa. Mas são muitas regrinhas. Nada impossível. Tem as divisões de limpeza, tem algumas coisas que vem de bom senso. Lá diz que festas são proibidas no apartamento, a não ser que seja aniversário ou natal/ano novo, essas coisas. E pra levar visita eu tenho que perguntar antes se pode. A visita não pode usar a internet, lavar roupa, essas coisas, e nem atrapalhar a privacidade dos outros moradores. Dá pra ver de longe que eu vou ter muito menos liberdade lá do que morando com os meninos (acho que não rola nunca de fazer um pré-rock no novo apartamento, por exemplo). Mas eu pensei que é por pouco tempo, o apartamento é muito bom e a localização é excelente, praticamente em frente a Sky Tower. E como Mauricio disse, sempre que eu precisar vai ter um abrigo pra mim na casa deles.

 

(Novas classmates)

 

Quarta foi um dia complicado pra mim, estava com muita saudade da minha família, dos meus amigos e não estava sentindo meu inglês melhorar, o que estava me deixando triste. Passei a tarde em casa na bad.  À noite foi a primeira vez que cozinhei na casa do Mauricio. Não sabia nem como ligar o fogão hahha. Preparei pra mim e para o David um ovo mexido com queijo, cogumelos, tomate e tempero. Depois de jantar fui encontrar o Hans e fomos para o pub (como toda quarta-feira). Primeiro fomos ao Outlaws e depois finalmente conheci o Provedor. O clima é bem diferente, tava lotado, tocava mais rockzinho, curti bem mais. Long neck de Heineken (ou Sol, uma cerveja mexicana) por 5 dólares ou outra lá (Export) por 3 dólares. E a tequila também era 5 dólares. Isso só na quarta-feira e até meia noite. No final da noite ainda paramos em outro pub pq os meninos queriam comer uma pizza barata. Pela primeira vez pude aproveitar até acabar o rock, já que tinha mudado pro centro.

 

(Provedor)

 

Na quinta-feira eu já estava bem mais de boa. Na outra segunda-feira iria ter a prova de fechamento de ciclo, que dura o dia todo. Tem gramática, vocabulário, listening e speaking. Eu perguntei pra minha professora como ia ser minha prova, porque eu tinha começado no 5A e agora estava no 6A. Ela disse que eu ia ter que fazer a prova do nível 6A igual o restante da sala. Bateu um medinho. Ela me passou as partes que eu teria que estudar que eu não vi na aula. Depois encontrei minha professora antiga, do nível 5A, e ela disse pra eu não me preocupar, que ela confiava em mim, se ela não confiasse ela não teria me mudado de turma. Mas ainda assim fiquei preocupada e dei uma estudada boa no fds. Depois da aula fomos ao Hollywood, uma padaria que vende chocolate quente por 3,50 dólares e você ganha um muffin de graça. Bom demais (outra coisa que virou rotina)! De lá fomos ao boliche. Acho que foi a primeira vez que joguei boliche na vida, e fui PÉSSIMA!!! Hahaha perdi de lavada pro pessoal. Mas foi bem divertido. De lá fui pra casa e fiquei papeando com Maurício enquanto ele preparava um super sanduiche pra gente. Sexta-feira depois da aula o pessoal comprou bebida e foi lá pra casa. Foi um entra e sai de gente no apartamento o dia todo. No final da noite na nossa salinha minúscula acho que havia umas 15 pessoas. De madrugada alguns decidiram ir pro porto e eu fui dormir.

 

 

Sábado acordamos tarde, fizemos almoço, todo mundo saiu de casa e eu aproveitei pra dar uma geral na cozinha pós-farra. Lavei minhas roupas e fui estudar pra prova de segunda. Mais tarde o Hans me ligou pra gente ir pro “Dark in the night”. Uma professora da escola tinha falado desse evento que ia rolar em Ponsonby, um bairro que a gente não conhecia. Todo mundo tinha algo pra fazer, então fomos somente eu e Hans. O evento rolava num parque. Mas chegando lá vimos que não era nada demais. Era o parque todo iluminado com diferentes tipos de lâmpadas e jogos de luzes, etc. Tinha muita família com criança, cachorro.. A pirralhada se amarrava. E eu o Hans tiramos algumas fotos, ficamos entediados e deixamos o parque, rs.

 

 

 

 

Tava cedo, então fomos dar umas voltas por Ponsonby. O bairro é muito agradável, a gente passou por umas ruas cheias de restaurantes e barzinhos. Encontramos um restaurante brasileiro, Ipanema, e fui falar com o garçom. Ele era brasileiro, muito simpático. Disse que o dia que a gente tiver com saudade de picanha, coxinha ou pão de queijo era pra ir lá no restaurante. Voltamos pro centro a pé, caminhando pelo bairro. Cada casinha mais bonita que a outra, fiquei encantada. Sábado a noite e nenhum dos nossos amigos ia sair, a maioria estava trabalhando. Eu e Hans comemos algo pelo centro e fomos pra casa. Chegando em casa o Maurício estava bebendo vinho com duas japonesas e um japonês. Fiquei lá socializando por 1 hora mais ou menos, eles são muito simpáticos. Depois fui deitar porque no outro dia tinha que acordar cedo.

 

(Restaurante brasileiro)

 

Domingo, 8 e meia da manha e eu estava de pé me arrumando para o Red Bull Trolley Grand Prix. Esse evento é uma corrida de carros pequenos (menos de 80 kg) patrocinada pela Red Bull. Encontrei com a galera no centro e fomos pro parque Auckland Domain. Quando chegamos estava meio nublado e não tinha muita gente. A corrida ainda não tinha começado. Fomos olhar os carros nos estandes e depois fomos pra uma área gramada onde tinha uma galera sentada pra assistir pelo telão. Foi bem legal, com o passar do tempo o lugar foi enchendo e o céu foi ficando ensolarado. Era possível ver famílias inteiras deitadas na grama, com as crianças, cachorro, comida... Um clima bem legal! Deu todo tipo de carro na corrida. Eram voltas individuais, e antes de dar a partida a equipe fazia uma performance. E no final os jurados davam as notas.

 

 

 

No intervalo da corrida fomos arrumar algo pra comer. Dividi um “fish and chips” com a Laura. Ficamos lá comendo sentados na grama e papeando. Depois fomos para o estande da Sony participar de umas brincadeiras pra tentar ganhar algum prêmio. Alguns ganhavam uma latinha de red Bull. Eu ganhei 50% de desconto em uma máquina fotográfica específica da Sony. Mas nem vai ser útil porque a máquina custa 500 dólares e mesmo pela metade do preço eu não vou comprar hahaha.. Depois de comer decidi ir embora porque precisava estudar. E o resto do domingo foi todo estudando pro grande teste de segunda. Depois fiquei sabendo que quando acabou a corrida rolou um show de uma banda kiwi. Uma pena que não deu pra assistir =/

 

E foi isso. A Semana 4 foi a última semana do ciclo na escola, e também a minha última semana na casa dos amigos colombianos, mas vou falar dela no outro post.

A busca por apartamento

02/11/2013 18:54

Segunda-feira foi feriado de dia do trabalho, então eu e Hans aproveitamos pra olhar alguns apartamentos. O primeiro que entrei era de uma família vietnamita vivendo numa casinha pequena, tinha uma beliche na sala onde dormia um árabe, e estava disponível um quarto com duas camas, uma de casal e uma de solteiro. Mas não tinha como, era um lugarzinho muito pequeno, totalmente desorganizado e era um pouco longe da escola (meia hora andando). Estava procurando somente nos arredores da escola ou em regiões próximas porque a ideia é não pagar mais passagem de ônibus (que é um absurdo).

 

(No caminho pra essa primeira casa)

 

O bom de procurar apartamento é que passei por vários lugares bonitinhos, as ruas sempre muito arborizadas, algumas vizinhanças ao redor do centro com aquelas casinhas baixas, jardins, etc.. O lado ruim é que eu andei MUITO!!! Eu com meu histórico de sedentarismo passei hoje o dia inteiro deitada descansando dessa 1 semana de caminhada durante toda a tarde.

 

 

No site do trademe muitas vezes tinha um anúncio de um apartamento que era pra dividir o quarto, mas quando você ia visitar você via que era pra dividir na verdade uma cama de casal! E isso não vinha especificado! Entramos em vários assim. Eu não ligo de dividir quarto, mas dividir uma cama de casal com uma pessoa que nunca vi na minha vida não rola.

 

Quando as visitas de segunda-feira acabaram fiquei meio frustrada porque não tinha achado nada pra mim. Na verdade, achei um apartamento muito bom, pertinho da escola, quarto só pra mim, numa república de meninas que estudam nas universidades daqui. Mas elas queriam alguém que ficasse até metade de fevereiro e eu só posso ficar até janeiro, então tive que descartar.

 

Terça-feira continuamos nossas andanças e no final do dia a melhor opção pra mim era um apartamento de 4 quartos, perto da escola, onde eu ia morar com mais 5 pessoas (incluindo um casal de brasileiros) e dividir o quarto com uma francesa, na verdade uma beliche. Apesar de ficar meio insegura de dormir em cima da beliche, eu gostei bastante e deixei sendo como uma opção.

 

Quarta-feira foi o dia do meu desastre na cozinha pela manhã. Acordei mais cedo pra terminar um homework e fui tomar café da manhã. A casa toda num silêncio absoluto e eu fazia de tudo pra não fazer barulho. Primeiro fui abrir o café solúvel e estava cheio até a boca, aí derramou um monte de pó no chão e no meu pijama. Respirei fundo e silenciosamente limpei tudo. Depois fui fazer a torrada. Aí um pão subiu quando ficou pronto, o outro não, ficou agarrado na torradeira. A imbecil aqui não sabia como tirar e colocou pra torrar de novo. O que aconteceu?? Queimou, claro!!!!! Começou a sair um monte de fumaça da torradeira, invadiu a casa, aquele fedor de queimado ficou pela casa toda. Aí eu desesperei com o pão lá queimando agarrado e saindo fumaça e corri pra apertar algum botao, apertei o "stop" e o pão saiu pretinho!!! Só que nessa pressa eu esbarrei na minha xícara de café e derramei café EM TUDO: no meu pão que estava bom, na mesa, no pano de prato, em tudo que estava no balcão da cozinha. Aí eu joguei o pão queimado fora e comecei a limpar, e com o barulho que eu fiz a Olga apareceu lá (claro) pra ver o que tinha acontecido. Eu não contei do pão, só contei que tinha derramado café em tudo, que eu ainda estava meio dormindo. Pedi 300 desculpas, ela disse que não tinha problema e começou a me ajudar a limpar. De repente ela olha pra sala e vê que a casa era fumaça pura e começou a gritar: "AAAAAlex corre aquiiii alguma coisa ta pegando fogoooo!!!" Aí eu disse: "Não Olga, desculpa, essa fumaça é porque antes eu queimei o pão na torradeira" e expliquei pra ela o que tinha acontecido. O Alex veio, abriu as janelas pra sair a fumaça, tirou a torradeira pra limpar por dentro. ENFIM, UM DESASTRE TOTAL! E eu só queria tomar meu café da manhã silenciosamente sem incomodar ninguém hahahahahh. Depois de limpar tudo eles me deixaram sozinha e falaram: não se preocupa, você ainda está acordando, agora faz tudo de novo e toma seu café da manhã tranquila. E eu ainda tive que chamar o Alex de novo porque não estava conseguindo abrir o pote de geleia! hahaaha Foi uma manhã bem agitada.

 

Quarta-feira depois de passar a tarde olhando alguns apartamentos foi dia de ir pro pub com a galera (3 drinks de graça pra mulherada yeee). Foi mais ou menos como quarta passada. Só teve um momento que começou a tocar Gangnam Style e um cara de terno que parecia ser coreano deu um show lá pra galera. Todo mundo abriu uma roda, o cara começou a fazer vários passos no chão, enfim.. Foi bem divertido. De lá decidimos ir pro Provedor, que é o bar que tem cerveja a 3 dólares na quarta e que sempre lota de brasileiro. Dessa vez não tinha fila pra entrar, mas acabou que uma amiga nossa esqueceu o passaporte e não pôde entrar, então decidimos deixar pra outro dia.

 

 

Quinta-feira foi o dia do desespero! Olhei mais vários apartamentos e não tinha achado nada "morável". O Hans e a Angela já tinham achado lugares pra eles e eu era a única sem teto. Além disso, a Olga tinha me pedido pra tentar fazer a mudança até domingo 11h da manhã, porque ela recebeu um convite de uns amigos pra fazer alguma coisa que eu não entendi. Ou seja: eu tinha menos de 3 dias pra sair e nenhum lugar pra ir. Fiquei bem na bad, voltei pra casa triste e rezei muito pra achar alguma coisa na sexta. Na quinta à noite, Hans e o cara que mora na homestay dele me chamaram pra rodar a nossa vizinhança porque era Halloween e sempre tinha alguma coisa rolando, mas eu não estava no clima, estava chovendo e acabou que no final nem eles foram. Na escola eles comemoraram o Halloween na sexta, ganhamos chocolates e teve uma galera que participou de competição de fantasia, mas eu e Hans só assistimos.

 

Sexta-feira surgiram mais alguns anúncios no trademe. Um deles era uma casa que fica há uma meia hora andando da escola, 3 quartos, eu teria um quarto só pra mim. E o outro era um apartamento há 5 minutos da escola, pra dividir quarto com uma menina, mas só estava disponível pro dia 17/11. Resolvi checar esses dois lugares. Depois de andar por meia hora cheguei na tal casa. Quem me recebeu foi um kiwi, que estava estudando pra alguma prova naquela hora, e que ia sair de férias pro México, então a vaga era pra ficar no quarto dele enquanto isso. Gostei demais do quarto, enorme, a cama enorme, uma mesinha pra estudar, bem ventilado. Gostei do resto da casa, tinha uma sala bem aconchegante e um quintal lá fora que rolava até de fazer um churrasquinho. Apesar de ser um pouco longe da escola, tinha um ponto de ônibus na frente da casa, e a passagem de lá pra escola é mais barata, cerca de 2 dólares. Eu poderia ir a pé e voltar de ônibus pelo menos. O problema era quando fosse sair a noite no fim de semana, todo mundo mora no centro, eu sempre teria que voltar sozinha e ficava fora de mão. No final das contas, quando eu falei que só podia ficar até janeiro, o kiwi disse que infelizmente não dava. Ele queria alguém que ficasse até fevereiro quando acabasse suas férias.

 

Cansados de tanto andar, pegamos um ônibus até o centro pra olhar minha última opção. E chegando lá eis a surpresa: a última opção era a melhor de todas. O apartamento fica do lado da escola, é bem espaçoso (o que é difícil de encontrar aqui), o quarto que eu ia dividir tinha um tamanho bom, a cama parecia confortável (não era beliche) e vinha com a roupa de cama completa (incluindo dois cobertores). Moram 6 pessoas. Os donos da casa são dois irmãos que dividem um quarto (não entendi de que país eles são, mas chutaria que são árabes). As irmãs dele foram morar um tempo fora, então eles enquanto isso alugam os quartos das irmãs, sempre pra meninas, que são mais organizadas. Eu vou dividir com uma coreana. A casa estava bem organizada, lá é cheio de regrinhas de limpeza e revezamento (o que é bom, porque não rola de viver na porqueira, e eu tinha visto muitos apartamentos numa situação bem trash). A sala tem uma mesa grande que dá pra estudar, televisão e vários varais de chão espalhados pela sala (isso é muito comum de encontrar), além de duas varandinhas. Eu tinha achado apartamentos mais baratos que esse (cerca de 140, 150 dólares com tudo incluído), mas pela excelente localização e pela organização do apartamento acho que esse vai valer o preço. Vai ficar em torno de 160 a 170 dólares por semana (incluindo o aluguel, água, internet e energia).

 

O problema agora era que o quarto só ia ficar disponível pro dia 17/11, podia antecipar pra no máximo dia 14. Então eu tinha que arrumar um lugar pra ficar até lá. Fui olhar como funcionava um backpacker (albergue). Tinha uma tabela de preços pra quartos com 4, 6, 8 ou 10 mulheres. Se fechasse a semana toda ficava mais barato e tinha acesso grátis a internet durante toda a semana. O quarto de 4 pessoas fica 28 dólares por dia e a semana toda fica 168 dólares. E o de 10 pessoas fica 24 dólares por dia e 144 dólares a semana. Fui olhar o quarto de 10 mulheres pra ter uma noção. Parecia um quarto de alojamento de congressista. Elas fizeram varais entre as camas, e malas e roupas espalhadas por tudo quanto é lado. Olhei o quarto de 4 pessoas e era consideravelmente mais organizado. Mas ainda assim não queria ficar em backpacker. Ficava preocupada com segurança, mesmo minha mala tendo cadeado, mas sei lá. Fui em outro dar uma olhada e o preço era um pouco mais barato, mas acabou que nem quis olhar o quarto.

 

O Hans tinha que ir embora e por um momento eu fiquei lá no meio da rua sozinha sem saber o que fazer. Não sabia se olhava mais backpakers, ou se fechava aquele quarto pra dividir a beliche com a francesa. E só rezei pra que tomasse a melhor decisão. Nesse meio tempo a Angela me ligou perguntando se eu tinha achado alguma coisa. Perguntei onde ela estava e ela disse que estava na casa do Maurício, seu amigo colombiano, que é a casa que ela vai morar quando acabar seu tempo de homestay (a Angela pagou por 1 mês de homestay). Falei que ia pra lá descansar um pouco porque não aguentava mais andar. Chegando lá comecei a desabafar com eles, que não sabia o que fazer, que não queria ficar 2 semanas em albergue, enfim.. E foi aí que encontramos uma solução! A Angela vai entrar na casa do Maurício no lugar de uma menina que vai sair nesse domingo, mas ela só entra daqui a 2 semanas, quando acabar seu tempo de homestay. 2 semanas = o tempo que eu preciso de abrigo. Então Maurício me ofereceu de ficar lá que tudo se encaixava certinho. Não poderia ter achado solução melhor. Vou dormir num quarto só pra mim, o apartamento do Maurício fica a 3 quadras da escola e eles são todos muito gente boa. Todos colombianos, mora o Maurício, o primo dele (David) e a namorada do primo (Alejandra), e o primo dele ainda é da minha sala. O apartamento é todo ajeitadinho e eles compram as comidas juntos e o Maurício cozinha pra todo mundo. Fiquei bem feliz! Pra comemorar compramos algumas cervejas, colocamos algumas músicas latinas pra tocar e ficamos lá batendo papo: eu, Angela e Maurício, até o Hans chegar mais tarde e se juntar a nós. A gente começou a estudar se tinha como dormir eu e Angela naquele quarto, porque gostei demais dali. Espaço no quarto tem, é só remanejar a mobília, mas o Maurício precisa conversar com os flatmates antes pra ver se eles concordam. Segunda-feira a tarde fiquei de fechar o contrato no apartamento daqueles dois irmãos, pra entrar no dia 17. Se até lá os flatmates do Maurício concordarem, talvez eu mude de ideia e fique lá direto e dividindo quarto com a Angela, que já é minha amiga. Seria perfeito!

 

Depois de 1 semana andando o dia inteiro pela cidade e marcando várias visitas, parece que agora as coisas estão se encaixando. Eu contei: eu mandei 30 mensagens de texto marcando visita. Aqui em Auckland, como já disse, tudo se resolve por mensagem, ninguém tem o costume de ligar a não ser que seja realmente necessário. O que pra mim é muito bom, já que tenho mais dificuldade de entender inglês no telefone, quando não estou olhando pra pessoa. Dessas 30 pessoas, poucas não me responderam. Alguns já tinham achado flatmate e os outros eu visitei. Agora é torcer pra dar tudo certo nas minhas novas moradias.

 

Ontem tínhamos sido convidados pra uma despedida de um indiano, o Mohammed. Ficamos na casa do Maurício fazendo o aquecimento: eu, Hans, Maurício e Angela. Cerveja vai, cerveja vem... a Angela e o Maurício ficaram me ensinando a dançar salsa e eu e Hans ensinando eles a dançar forró! Foi bem legal, curti a salsa!

 

 

De lá fomos pro bar chamado Legend. Estava meio frio e chovendo lá fora, fomos a pé, era pertinho. Chegando lá tinha uma galera da escola, o Mohammed convidou muita gente, levou um bolo de chocolate pra galera. Duas anunciantes da Jagermeister estavam lá promovendo uma brincadeira pra ganhar brinde. Fui participar, ganhava o brinde quem escrevesse primeiro o nome Jagermeister corretamente. Moleza pra mim! hhaha ganhei um lipstick muito bom, pra proteger do frio. Melhor que a manteiga de cacau que trouxe do Brasil e está sempre ressecada, não prestando pra nada hahaha. Aí eles tiraram uma foto nossa e me deram, mas acabaram cortando a Angela da foto.

 

 

Pelo Mohammed ganhei um drink de graça, ele disse que era a despedida dele, e um ia ser por conta dele, depois o garçom também me deu outro de graça. Estou gostando dessas baladinhas em Auckland! hahaha Fomos pra pista de dança, tava tocando meio pop, tipo Rihanna e Kate Perry. Só que os meninos quiseram ir pra outro lugar porque ficaram incomodados com as drag queens que ficavam circulando pelo local. Vê se pode! Que bobeira, nem era rock gay nem nada, mas eles quiseram ir por causa disso.

 

 

De lá rachamos um um táxi pro porto, região que tem vários barzinhos, e fomos pro Wildfire. Nada de bebidas de graça dessa vez, cada canecão de cerveja = 8 dólares. Tomei só um, de uma cerveja local que eu esqueci o nome hahaha. Ficamos lá o resto da noite e a noite INTEIRA tocou música latina. Foi bem legal, botei o que aprendi na casa do Maurício em prática. Mas depois de certo horário eu já estava enjoada de ouvir só aquele tipo de música. Meus amigos colombianos todos se amarraram, é claro, sabiam cantar todas as músicas, e eu lá boiando. Em certo momento da noite tive o desprazer de ouvir "Ai se eu te pego" do Michel Teló e "Tchechererê" do Gustavo Lima. TODO MUNDO sabia cantar essas músicas!!! Eu e o Hans arriscamos uns passinhos de forró e a galera se amarrou.

 

A Laura, uma amiga colombiana, disse que tinham 3 ônibus que iam pra minha região de madrugada. Um 01:30, outro 02:30 e outro 03:30. Quando deu 03h eu fui chamar o Hans e Angela pra irmos pro ponto. Demoramos muito pra sair do bar e eu não consegui achar o ponto de ônibus certo. Não tinha entendido direito o que a Laura tinha falado por causa do barulho e da confusão do bar, então acabamos perdendo o ônibus. Pagamos 35 dólares de táxi até Birkenhead. Ainda bem que a partir de semana que vem eu vou morar no centro e não terei mais problema de voltar pra casa. É tudo perto, dá pra ir a pé e não é perigoso.

 

E foi isso! A boa de sábado provavelmente vai ser ficar em casa estudando inglês e fazendo o texto do fim de semana (dessa vez tem que ser uma narrativa, o problema é que não sou criativa o suficiente pra essas coisas). Talvez a gente dê uma volta pelo bairro, já que é a nossa última noite aqui (minha e do Hans). E amanhã é dia de fazer mudança.

 

Na casa do Maurício não tem internet, só lá embaixo na rua que tem wi fi liberado, então não sei quando vou postar de novo. Mas é isso, aos poucos as coisas estão se ajeitando, Deus sabe o que faz!

O primeiro fim de semana

31/10/2013 23:18

Na sexta-feira passada a Olga (host mother) tinha comentado que se o tempo estivesse bom eles iam fazer um churrasco no sábado em um lugar fora da cidade e se eu queria ir. E eu disse que sim, claro. No sábado pela manhã acordei com o Alex (host father) chamando a gente pra levantar porque estava um lindo dia lá fora e nós tínhamos que aproveitar. Durante o café eles falaram que eu podia convidar o Hans, liguei pra ele e ele topou. O Alex falou que podíamos levar roupa de banho e eu pensei: ta louco, nesse frio, eu vou de jeans, casaco e tênis e levar havaianas por via das dúvidas.

 

 

Então partimos no sábado de manhã, passamos num supermercado e fomos pro parque chamado Wenderholm Regional Park, que fica na região de Waiwera, ao norte de Auckland, uns 30 minutos de carro. O lugar é simplesmente encantador (coloquei várias fotos no facebook)! Mal chegamos e já deu pra ver famílias fazendo piquenique, crianças brincando de bola, pessoal andando de short e camiseta, ou de biquíni. O parque fica numa região que pega os rios Puhoi e Waiwera e também o mar. Pra falar a verdade eu não entendo esse negócio direito e não sei se a gente tava na beira do rio ou do mar hahaha.. Sei que colocamos uma mesa de madeira embaixo de uma árvore na beira do rio (ou mar) e ficamos curtindo o momento. Estava realmente menos frio (dava pra ter ido de short) e água não estava tão gelada assim. Talvez eu até teria me aventurado se tivesse levado biquíni. Algumas pessoas estavam tomando banho, outras pescando, outras caminhando na praia.. 

 

 

O Alex foi tentar nos ensinar a pescar, mas eu não tive muita paciência e desisti. O Hans até se deu bem, conseguiu pegar peixe, até o momento que deu uma bicheira na vara dele e ele também desistiu. Fomos dar uma volta pela praia, conhecer o lugar e era tudo muito lindo. Tinha muita família reunida aproveitando o sábado de sol. Voltamos pra nossa mesa e fomos almoçar. O churrasco na verdade consistia em uns espetinhos de frango assados numa mini churrasqueirinha que ele levou rs.. E também salada, ovo, batata e cenoura cozidos, uma sopa instantânea japonesa (ou chinesa, não lembro) e também tinha pão pra comer com mel ou manteiga.

 

 

Depois do nosso almoço decidimos escalar a montanha que tem lá. Passamos por uma casinha muito fofa, e na hora de entrar pra ver o que tinha dentro a mulher falou que era 5 dólares, então desistimos hahaha.. Mas voltei pra casa com um folheto que conta um pouco a história. O folheto diz que os maoris viveram naquela área por quase 1000 anos por causa dos abundantes recursos naturais. Wenderholm foi o local de um histórico acordo de paz entre duas tribos maoris em 1780. Um político e empresário chamado Robert Graham tornou-se o primeiro proprietário europeu em 1868. Graham construiu uma propriedade rural (Wenderholm) para usar enquanto ele passava um tempo em Waiwera no inverno. A casa é agora conhecido como Couldrey House depois do seu último proprietário privado. Ela foi restaurada e é gerida por voluntários como um museu, aberto ao público nos fins de semana.
 

 


Logo depois da casa começou a nossa trilha. Fomos eu, Hans e Angela, com nossos chinelinhos, sair do sedentarismo e se embrenhar mata adentro. A trilha durou cerca de 1 hora (que o Hans me corrija se eu estiver errada) e durante o caminho já dava pra ter uma noção da vista que nos esperava. É tudo muito lindo! Nem foi tããão cansativo porque em alguns trechos tem algumas escadinhas e rampas de madeira pra ajudar. O topo era tipo uma colina, tudo muito verdinho. Ficamos lá por um bom tempo descansando e apreciando a vista.
 

 


A volta foi mais tranquila (claro, porque pra descer todo santo ajuda) e achei bem legal quando encontramos uma das plantas típicas daqui, a Silver Fern (Samambaia Prateada). A folha dessa planta é o símbolo do All Blacks, time de rugby daqui. Ela é verde de um lado e prateada do outro lado. Dizem que os caçadores e guerreiros Maori usavam a parte inferior de prata das folhas da samambaia para encontrar seu caminho de casa. De noite as folhas iriam pegar o luar e iluminar um caminho através da floresta. E quando eles queriam esconder o caminho dos inimigos, eles viravam a folha pro lado verde e ninguém ia perceber no meio da floresta. 

 

 

 

Quando chegamos da trilha tivemos o nosso jantar (por volta de 5 da tarde), que foi a continuação do "churrasco". Depois que todos estavam mais que satisfeitos, pegamos estrada novamente pra Auckland. No caminho o Alex me mostrou o Snowplanet, o único resort de neve indoor da Nova Zelândia. No Snowplanet você pode esquiar, fazer snowboard, tem tobogã, entre outras coisas. Tem uma inclinação de 200 metros de comprimento e área de principiante (oi Lara!). Custa 40 dólares pra ficar 4 horas (preço de estudante), isso se não tiver que alugar as roupas e equipamentos. Parece ser bem legal, mas fica meio fora de mão pra ir e não sei se estou disposta a gastar dinheiro com isso, prefiro passear.

 

 

Nosso domingo consistiu em ficar em casa procurando apartamento na internet, marcando visitas e estudando inglês. Todo fim de semana eles dão um texto pra escrever como dever de casa. Como na última semana o tema das aulas era trabalho, o homework consistiu em fazer um CV nos padrões neo-zelandeses e uma Cover Letter, que é tipo uma carta de apresentação ao entrevistador. 

 

E na segunda-feira começou a saga da procura por apartamento, que eu vou contar no próximo post.

O restante da primeira semana

27/10/2013 23:23

Se tem uma coisa que eu me arrependi foi de não ter trazido mais roupas de frio. Eu olho pra minha mala e só vejo blusinha fina de verão, shorts e vestidinhos. E olha que nem está tão tenso assim, agora são 22:28 e está fazendo 12 graus, com sensação térmica de 9. Mas para os meus padrões isso é muito frio rs...

 

Bem, quarta-feira foi um dia meio difícil pra mim. Eu estava tendo muita dificuldade na aula pra entender a professora e pra falar também. Bateu uma bad muito grande. Fiquei me perguntando se não acabei caindo em um nível alto pra mim. Mas como é a primeira semana decidi ver como as coisas caminham pra ver se não estou desesperando a toa. Mas me dá MUITA raiva quando eu quero contar alguma coisa e a palavra some da minha mente, e eu não consigo lembrar de jeito nenhum, e eu tenho que procurar outra forma de explicar aquilo.

 

Depois da aula (frustrante) de quarta fomos para um parque muito lindo chamado Albert Park, mas eu estava sem bateria no celular pra tirar fotos. Compramos pizza hut numa promoção bem bacana que ficou $2,50 pra cada, sentamos na grama do parque e ficamos lá batendo papo e comendo pizza. Só não podia dar bobeira porque os passarinhos (ou os passarões) ficavam de plantão do seu lado esperando cair alguma migalha. Começou a chuviscar então nem deu pra rodar mais pelo parque, mas um dia eu volto porque deve render muitas fotos.

 

(FOTO RETIRADA DA INTERNET)

 

Quando anoiteceu fomos para um bar chamado Outlaws Bar com os amigos colombianos. Quarta-feira aqui é o dia que a galera mais sai. Tem um barzinho que a cerveja é por 3 dólares na quarta, mas lota de brasileiros, passamos lá na frente e a fila estava gigante. E tem outro em que as mulheres tem direito a 3 drinks de graça de 18 às 21, e foi pra esse que nós fomos. Estava uma galeeeeeeera da nossa escola lá. Nesse bar tem um pole dance em que a galera mais animada faz a festa. E fica passando na TV algumas fotos de outras noites nesse mesmo bar.

 

(FOTO RETIRADA DA INTERNET)

 

Em certo momento eu estava indo ao banheiro e um senhor (provavelmente kiwi) passou por mim sorrindo e falou alguma coisa que eu não entendi. Pedi pra ele repetir por favor e ele disse bem devagar, em inglês, claro: Não faça nada que eu não faria! hahaha O clima lá estava bem legal, apesar de que a gente só ficou mais com os colombianos. Ainda não peguei intimidade com outras pessoas da escola. Do nada começa a tocar "Are you in" do Incubus! Fiquei muito feliz! Comecei a dar tchau pro dj igual uma doida pra ele olhar pra mim, e quando ele olhou eu gritei: DJ, NICE CHOICE!!!! Até o final da noite eu devo ter gritado isso pro dj umas cinco vezes em outras músicas! hahaha Inclusive em "Lose yourself to dance"!

Quando deu umas 9 horas começamos a caminhar pra ir embora. Eu tinha avisado a host mother que ia chegar em casa por volta de 9, então eu já estava bem atrasada, rs.. Estava um frio do caramba lá fora, meio chovendo, e a gente andou atéééé a Sky Tower pra pegar o ônibus. Quando o busão finalmente chegou nós vimos que ele passava pertinho do bar que a gente tava. ¬¬

 

Quinta-feira chega pra mim um venezuelano falando que depois da aula ia ter uma atividade da escola com uma professora em um bar, se eu não queria ir. Eu pensei: ele tá me zuando né! Mas era verdade!! Hahaha Parece que direto nas quinta-feiras um professor chama os alunos pra sentar em um barzinho e ficar conversando, pra treinar o inglês. Foi bem legal, a professora era inglesa (sou apaixonada com o sotaque britânico) e naquele dia foi pouca gente, fomos ao Brooklyn Bar. Éramos eu, Hans, duas colombianas, um venezuelano e depois chegou um indiano e uma alemã. E estranhamente NENHUM ORIENTAL (eles estão por todos os lugares). Ficamos lá até umas 9, passamos no supermercado pra comprar algo pra comer (já que tínhamos perdido a janta) e achei super legal o caixa que você passa as compras sozinho. Você paga no cartão ou então coloca o seu dinheiro lá dentro e ele cospe seu troco de volta! Prático e rápido!

 

(FOTO RETIRADA DA INTERNET)

Nós estávamos sentados exatamente nessa mesa.

 

Sexta-feira na escola foi dia de graduação. Na hora do intervalo eles reunem os estudantes de todas as turmas pra área da cozinha e fazem uma "cerimônia". Chamam cada aluno que está formando, o professor fala umas palavras sobre ele, o aluno faz seu agradecimento, todo mundo bate palma e ele recebe o diploma. Teve um momento bem emocionante na graduação. Pelo que eu entendi (do meu inglês de quem está chegando), uma certa companhia aérea da Venezuela não vai mais fazer voo pra Nova Zelândia, então um aluno da Venezuela teve que adiantar a sua passagem pra ir embora antes porque não ia poder ficar mais tempo no país, só se comprasse outra passagem de outra companhia aérea (o que é caro). Não sei há quanto tempo ele está aqui, mas sei que ele namora uma japonesa da escola. E ele fez uma declaração muito linda pra ela!! Agradeceu por tudo que ela proporcionou a ele nesses meses todos, pela amizade, pela companhia. Disse que gostava muito dela, que queria ela, que precisava dela. Foi um "ohnnnnnnnn" coletivo, e eu manteiga derretida como sou fiquei com os olhos marejados. É muito cena de filme de romance pro meu coraçãozinho hahaha..

Sexta-feira não temos aula na parte da tarde, algumas vezes a escola oferece alguma atividade, não necessariamente em Auckland, não necessariamente de graça, mas sempre pela redondeza. Dessa vez não tinha nada marcado, então fomos pra um parque chamado Victoria Park pra jogar futebol com a galera (claro que eu só assisti). O parque não é tão bonito quanto o outro (Albert Park), mas é um bom lugar pra caminhar ou bater uma bolinha. Enquanto os meninos jogavam bola eu tentava ensinar as meninas a dançar samba. Isso a gente lá, no meio do parque, 3 meninas sambando sozinhas ouvindo a música no celular, rs.. Teve uma hora que o Hans tentou filmar essa cena mas não deu certo.

 

 

Do parque fomos pra região do porto, demos umas voltinhas por lá, mas tava ventando DE-MAIS!!!!!!! Eu achei que ia ser carregada (mentira, to bem gordinha pra isso)! Uma amiga disse que tinha um café ali perto que você comprava um chocolate quente e ganhava um muffin, mas estava em falta, então acabamos voltando lááá pro centro da cidade e indo no starbucks (vale ressaltar: pior capuccino da minha vida, preciso de recomendações do que é bom do starbucks).

 

 

E foi isso, voltamos pra casa, pegamos a janta (finalmente) e fomos dormir. Sim!!!! Sexta-feira à noite e eu em casa debaixo das cobertas! Fiquei pensando, se eu estivesse em São Mateus estaria na Marasmo com os meninos tomando nossa cervejinha e ouvindo um bom rockzinho. Se eu estivesse em Vitorinha estaria com Lala andando pela Lama pra cima e pra baixo até encontrar o Zaca e mais alguém da galera. Foi uma sexta bem atípica rs.. Mas enquanto eu estou morando em Birkenhead não vai rolar de ficar saindo, a passagem é cara demais e eu preciso economizar. Mas espero em breve, quando tiver morando no meu apartamento, desfrutar de alguma noitadinha de fds de Auckland!

Sábado já é assunto pra outro post!

 

Beijos

Primeiro dia de aula

27/10/2013 10:54

Como cheguei na segunda-feira à tarde, terça-feira foi meu primeiro dia de aula. Acordei cedo e fui tomei café. Era café instantâneo e pão de forma torrado com manteiga ou geleia (caseira). Tava muito frio de manhã, mas minha cama tava tão quentinha que eu acordei com calor. Estou achando o máximo esse aquecedor de cama! 

 

O Hans mora muito perto de mim, 5 min andando. A gente se encontra na esquina da minha casa. No primeiro dia de aula a Taniada, que está aqui há mais tempo, acordou mal e não foi pra escola, então o Alex (host father) nos levou de carro até o ponto de ônibus. É bem pertinho, uns 15 min andando, mas estávamos atrasadas. No ponto encontrei o Hans e a host mother dele. Ela foi com a gente até a escola pra ensinar a chegar lá, muito simpática!

 

 

A escola fica na rua principal de Auckland (a Queen Street), em um prédio de 8 andares. A minha escola se chama Queens Academic Group e pega todo o 5° andar e todo o 8° andar do prédio. Mas o oitavo é mais pros cursos de business e adminstração. Chegando lá nós três (eu, Hans e Angela) fizemos o nivelamento. Eram 4 testes. O primeiro durou 1 hora, só gramática e interpretação de texo, de múltipla escolha. O segundo foi de escrita, durou meia hora, tinha que responder duas perguntas com um textinho (a primeira era como foram meus dois primeiros dias na Nova Zelândia, o que eu fiz, e quais minhas sensações. E a segunda perguntando quais as semelhanças e diferenças que eu tinha notado do meu país de origem). Depois foi o listening, durou uns 15 minutos, e por último uma entrevista individual de 3 minutos com um professor. Ele perguntou onde eu moro, o que eu faço da vida, por que eu vim pra Auckland, quanto tempo vou ficar, essas coisas.

 

Eu e o Hans caímos no mesmo nível, o upper intermediary, depois desse só tem mais dois níveis pra se formar na escola (o avançado 1 e avançado 2). Na hora fiquei bem feliz com o resultado. Cada nível dura um ciclo de 5 semanas, a gente começou na segunda semana do nosso ciclo, então se fizer as contas eu não consigo me formar no avançado 2 porque eu só vou fazer a última semana lá, e o seu diploma vem do nivel que você concluiu o ciclo. Isso se passar direto em todos os níveis, porque toda semana tem teste. Outra coisa legal é que a partir da segunda semana do avançado 1 a gente pode escolher trocar nosso curso por um preparatório pra prova do IELTS, pelo mesmo preço. Mas ainda não sei se vale a pena trocar, depois vou pensar mais sobre isso.

 

A mulher que nos atendeu na escola é brasileira (Joyce)! Ela mora aqui há 2 anos. A escola recebe gente do mundo todo, e tem pelo menos um funcionário que fala alguma língua especifica, portanto qualquer problema que eu tiver na escola a Joyce pode me ajudar. Depois do nivelamento ela nos mostrou a escola, explicou como funciona tudo. Minhas aulas vão de 09:30 até 16:00 durante 7 semanas, depois é só na parte da manhã. Eu e Hans caímos no mesmo nivel mas pedimos pra ficar em turmas diferentes (pra nao falar português), mas nosso horario é o mesmo. Tem mais 2 brasileiros na escola, um deles se formou nessa sexta-feira e a outra eu ainda não encontrei, ela só estuda na parte da manhã.

 

Depois eu e Hans tivemos meia hora pra almoçar porque de tarde já tinha aula. A angela tem um horário um pouco diferente do meu. Almoçamos no mc donalds (5 dólares um chessburguer + batata pequena + refri médio), porque era do lado da escola e era o primeiro dia. A intenção era procurar algo mais saudável pra almoçar por lá, mas acabou que praticamente todos os dias da semana almoçamos fast food. O pessoal da escola geralmente faz a comida em casa e leva e esquenta no microondas (tem uns 6 microondas na escola). Enquanto eu estou na casa de família isso vai ficar meio complicado, acho que essa próxima semana ainda vou comer na rua, aqui não sei se tenho muita liberdade de comprar comida e cozinhar à noite. Prefiro esperar me mudar.

 

Aí depois do almoço fomos pra aula. Minha professora é a unica que nao é natural de país de língua inglesa. Ela é argentina mas mora há 8 anos em Auckland. Ela fala super bem e na verdade eu até gostei mais porque ela não tem o sotaque carregado daqui. Somos em 6 alunos: eu, um colombiano (ou venezuelano, não me recordo), e o resto todo de olho puxado, sei lá se é coreano, japones, chinês, etc. Ainda não consegui decorar o nome deles e estou tentando aprender a diferenciar as nacionalidades, mas por enquanto ta foda. Eu tenho muita dificuldade pra entender o que eles falam, parece que falam com a boca fechada, não sei. Entender os latinos falando inglês é extremamente mais fácil.

 

A professora fala MUITO RÁPIDO, mas dá pra entender a ideia geral do que ela fala. Eu ainda estou acostumando meu ouvido. No primeiro dia foi mais gramática, mas depois ela deu uma atividade de speaking pra treinar o que a gente estudou, isso durou uns 20 minutos. E eu nem percebi que ela estava prestando atenção em todas as conversas. Quando terminou, ela escreveu no quadro todas as frases que ela ouviu que falamos errado, e corrigiu todo mundo. Achei isso muito legal. Claro que tinha frases minha também, principalmente errar preposição. Uma coisa boba que eu estudei tanto no Brasil mas na hora de falar aqui eu misturo tudo, diz ela que brasileiro adora colocar "for" em todas as frases ehehehe.

 

Depois da aula fui encontrar o Hans, ele estava conversando com uma menina e um menino colombianos, eles são muito gente fina. No primeiro dia já nos deram várias dicas de lugares pela cidade pra comprar certas coisas. Depois da aula a Joyce nos levou pra rodar perto da escola. Compramos nosso chip, fomos no supermercado, pegamos a parada de fazer nossa identidade daqui (pra nao ficar andando com passaporte, é 20 dólares talvez vale a pena pra não correr o risco de perder o passaporte). Ela mostrou tudo que tem perto dali (eu tenho certeza que vou me perder se andar sozinha porque meu senso de direção é PÉSSIMO). Mas aqui é muito legal, tudo muito organizado, as pessoas te tratam bem, têm paciência com o seu inglês demorado. Achei o povo na rua muito estiloso, se vestem de uma maneira legal, só fico observando as roupas das meninas e pensando: quero ter umas roupas assim também! hahaha

 

 

Eu achei todas as coisas aqui meio caras, tanto em supermercado quanto nas lojas. Mas acho que é porque nós rodamos mais pelo centro, onde tudo realmente é mais caro. Estou precisando comprar um tênis esportivo e pelo menos mais um moletom, porque só trouxe roupinha de verão. Ontem finalmente achei tênis barato (20 dólares!!!!!), num supermercado perto de casa, mas não comprei porque o tempo estava curto, depois volto lá. Claro que não é tênis de marca, é pra bater mesmo, pra gastar aqui. Quanto ao moletom, o Hans achou uma loja com preço bom, em torno de 50 dólares, é mais ou menos perto do centro. Até agora só comprei uma botinha, achei no centro da cidade, estava em promoção por 39 dólares (meninas, estou apaixonada por ela, tenho que arrumar uma baladinha pra poder estrear hahahaah)

 

Eu tenho que pegar ônibus pra ir pra escola. Dá uns 20 minutos de busão (sem trânsito), mas a passagem é um absurdo! NZD 4,50! Preciso arrumar lugar perto da escola pra morar urgentemente!!!! Não dá pra gastar 9 dólares todo dia, sendo que tem que pagar em cash! O meu cartão funciona assim: a cada saque eu pago 2,50 de taxa, e o saque máximo é de 250 dólares. Então não compensa ficar sacando dinheiro, tem que tentar pagar tudo no débito, mas certas coisinhas como ônibus precisam de dinheiro vivo.

 

 

A janta na casa de família costuma ser 19h e se não for aparecer pra jantar tem que avisar com pelo menos 1 hora de antecedência. A janta do segundo dia foi um tabuleiro com um franguinho assado (mas só umas partes tipo coxinha, asa, etc), com batatas, cenouras e cogumelo. Trouxe uma lembrancinha do Brasil e entreguei pra eles. Um livro sobre o Espírito Santo em portugês/inglês, fiz uma dedicatoria no livro, eles gostaram bastante.

 

Depois vou contar como foi todo o resto da semana e o que fizemos.
 

Beijos.

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